Câmara promove audiência para buscar apoio às organizações sociais
Por Christine Antonini
A Câmara Municipal de Montes Claros realizou, na noite da última sexta-feira (14/11), audiência pública para discutir o tema “Como as ações sociais da Arquidiocese (pastorais, serviços e projetos) podem se conectar de forma mais estruturada com associações de bairros, universidades, poderes públicos e movimentos populares.”
A iniciativa foi proposta pelo vereador Eduardo Preto (Pode) e teve como objetivo identificar caminhos para fortalecer, apoiar e integrar ainda mais as organizações sociais que atuam no município, especialmente aquelas vinculadas à Arquidiocese de Montes Claros.
Durante a audiência, representantes de pastorais, serviços sociais, instituições de ensino, associações comunitárias e órgãos públicos destacaram a importância de ampliar o diálogo entre as entidades para potencializar o alcance das iniciativas já existentes. Foram discutidos novos formatos de parceria, mecanismos de apoio e estratégias de articulação entre Igreja, sociedade civil e poder público.
O vereador Eduardo Preto ressaltou a importância da cooperação entre os diversos setores envolvidos. “Buscamos alternativas para manter e fortalecer as organizações sociais, que desempenham um papel fundamental no atendimento às famílias mais vulneráveis. A integração entre os setores é o caminho para ampliar resultados e beneficiar mais pessoas”, afirmou.
VOZES DAS ENTIDADES SOCIAIS
O padre Jair Pereira da Silva, vigário episcopal para ação social da Arquidiocese de Montes Claros, destacou que a realidade dos mais vulneráveis exige soluções conjuntas. Segundo ele, muitos questionam o papel da Igreja diante das desigualdades do país.
“Vivemos em um país grande e injusto, onde existe uma leva de pessoas miseráveis. A Igreja, com apoio da sociedade, tem apresentado sinais para amenizar essa situação”, pontuou.
A representante dos catadores da Associação Recicle Vitória, Edna da Silva, chamou atenção para a situação dos trabalhadores da reciclagem. Ela informou que a cidade conta com cinco galpões e cerca de 150 catadores, mas que o setor enfrenta dificuldades devido ao baixo valor pago pelos materiais recicláveis. “Com os preços atuais, muitos trabalhadores não estão conseguindo manter suas famílias. Mensalmente, são mais de 10 mil toneladas de reciclagem”, destacou.
Já Jaqueline Ferreira, representante da Cruz Vermelha, ressaltou as necessidades urgentes da população em situação de rua. Ela destacou que alguns serviços poderiam melhorar a qualidade de vida dessas pessoas, como o Centro Pop, e defendeu que o poder público fortaleça o apoio às instituições que já atuam na assistência.
Também participou da audiência Maíra Carvalho, representante das Cozinhas Solidárias, projeto que oferece gratuitamente refeições para pessoas em situação de vulnerabilidade. Criado durante a pandemia de Covid-19, o programa continua atendendo famílias em bairros carentes.
Segundo Maíra, todas as refeições são preparadas por voluntários e os alimentos vêm de doações. Atualmente, o projeto distribui cerca de 1.800 refeições diariamente.
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