Audiência pública discute as constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica
Por Rayhanne Tallis
A Câmara Municipal de Montes Claros realizou, na manhã desta quinta-feira (06), audiência pública para discutir as constantes interrupções no fornecimento de energia elétrica em bairros da cidade. A iniciativa foi proposta pelo presidente, vereador Júnior Martins ( PP), que tem recebido inúmeras reclamações da população sobre os frequentes apagões e picos de energia que vêm causando transtornos tanto na zona urbana quanto na zona rural de Montes Claros.
Em sua fala, o vereador destacou a insatisfação dos moradores e cobrou soluções mais efetivas da Cemig. Ressaltou que, nos últimos tempos, Montes Claros vem enfrentando situações recorrentes de picos e interrupções de energia em várias regiões, o que tem gerado diversos transtornos à comunidade. O parlamentar lembrou que já procurou a Cemig diversas vezes, mas o problema ainda não foi solucionado. Segundo ele, quando a população busca atendimento pelo número 116, muitas vezes não obtém retorno, e os canais de comunicação não têm sido eficientes.
Ainda em sua manifestação, Júnior Martins defendeu que a Cemig seja transparente e esclareça à população as causas desses problemas e o prazo para a solução definitiva. Destacando os prejuízos causados pelos apagões, como equipamentos elétricos queimados, dificuldades enfrentadas por pessoas que dependem de aparelhos ligados à energia para tratamentos de saúde e a perda de medicamentos que necessitam de refrigeração.
Durante a audiência, o gerente-geral da Cemig em Montes Claros, Mateus Moura, apresentou informações sobre os investimentos e ações que estão sendo executados pela companhia. Ele ressaltou que a empresa vive o maior plano de investimentos de sua história. Entre 2025 e 2029, serão aplicados R$ 23,2 bilhões apenas na distribuição de energia, valor três vezes maior que o do ciclo anterior.
Segundo Mateus Moura, em Montes Claros os investimentos somam R$ 368 milhões, com obras que irão triplicar a capacidade do sistema elétrico até 2027, passando de 165 para 540 MVA. O gerente informou que estão sendo modernizadas subestações, ampliadas estruturas e implantadas novas tecnologias, como os religadores automáticos, que reduzem o tempo de interrupção em casos de falha.
Mateus também destacou que, desde a última audiência, a Cemig atendeu as demandas apresentadas, incluindo a substituição de transformadores, ampliação de redes, limpeza de faixas, poda de árvores e reforço no atendimento em comunidades como Camela, Panorâmica, Vista Alegre e Santa Rosa de Lima.
O presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) – Núcleo Montes Claros, Denilson Rocha, também participou do debate e destacou a importância do diálogo entre a empresa e a população. Para ele, embora a Cemig seja uma companhia reconhecida, a metodologia atual tem dificultado a comunicação com os consumidores.
O Promotor de Justiça, Dr. Felipe Caires, reforçou os direitos dos consumidores e a necessidade de cumprimento das normas de prestação de serviços públicos. Ele explicou que o Código de Defesa do Consumidor, em seu artigo 22, estabelece que os serviços públicos devem ser prestados de forma adequada, segura e contínua, sendo obrigação da empresa garantir essas condições. O promotor ressaltou que o consumidor que paga pelo serviço não pode ficar sem energia de forma recorrente e que, caso o fornecimento seja interrompido além do limite permitido pela legislação, o usuário tem direito a desconto na conta e até indenização. Além disso, destacou que as soluções devem ser adotadas sem burocracia, assegurando a dignidade do cidadão.
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