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“Ser de Montes Claros me torna diferente de tudo; eu acredito fortemente nisso!”

por Jerusia Arruda publicado 18/03/2021 20h45, última modificação 30/03/2021 10h00
“Ser de Montes Claros me torna diferente de tudo; eu acredito fortemente nisso!”

Emocionado, o secretário municipal Paulo Ribeiro recebeu a Medalha Ivan José Lopes de Honra Montes Claros nesta quinta-feira, em sessão virtual

Por Jerusia Arruda

O sociólogo e Secretário Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Montes Claros, Paulo de Faria Ribeiro, foi condecorado nesta quinta-feira (18/03) com a Medalha Ivan José Lopes de Honra Montes Claros, a mais importante honraria do Município.

A medalha foi entregue pelo presidente da Câmara Municipal, vereador Cláudio Rodrigues, na residência do homenageado, com participação dos familiares, convidados e público em geral apenas pela rede de comunicação da Câmara, em cumprimento às medidas preventivas recomendadas pelos órgãos de saúde, devido à pandemia.

Ao receber a Medalha, Paulo Ribeiro ressaltou que receber a maior honraria da cidade é uma grande responsabilidade, uma alegria imensa e até uma certa vaidade. “Mas, reservo-me o direito de tomar como norte a responsabilidade amorosa que tem me movido como montes-clarense e a partir dela que quero seguir em frente”.

Confira, a seguir, o discurso de Paulo Ribeiro, durante a sessão especial de outorga da Medalha.

SENHORAS E SENHORES, AMIGOS, AMIGAS, FAMILIARES E DEMAIS CONVIDADOS, BOA TARDE!

Receber a maior honraria da cidade é uma grande responsabilidade, uma alegria imensa e porquê não dizer uma certa vaidade. Mas, reservo-me o direito de tomar como norte a responsabilidade amorosa que tem me movido como montes-clarense e a partir dela que quero seguir nossa prosa!

Nasci numa cidade já centenária e numa família que desde sempre me fez reconhecer a singularidade de ser de Montes Claros. Com o tempo, essa singularidade foi se concretizando na minha percepção como o meu conceito de identidade.

Ser de Montes Claros me torna diferente de tudo. Eu acredito fortemente nisso. Acredito que somos únicos. Cresci vendo potência em tudo o que era daqui. Cresci com orgulho por ser daqui. E foi com esse sentimento, de orgulho e de gratidão, que pautei a minha caminhada. Foi observando a travessia de outras pessoas que me inspiraram e inspiram ainda hoje.

A primeira inspiração é afetiva, familiar. Marão que viajou o mundo inteiro, curioso, desbravador que era, alargou a vista de todos nós. Mas, bastava uma semana longe de Montes Claros e a gente ouvia: Bom mesmo é Montes Claros! Marão saía de Montes Claros, mas a cidade não saía dele. Montes Claros era sim o melhor lugar do mundo para ele.

Minha mãe nasceu em Pedra Azul, ama o Vale do Jequitinhonha, mas ama mais ser de Montes Claros. Foi em Montes Claros que Maria Jacy se fez o que é e como é. Ela aprendeu a amar cada detalhe, cada singularidade. Ama a nossa gente, a sua gente!

Darcy que é e sempre foi uma inspiração para mim. Seu amor por Montes Claros, por nossa história. Seu orgulho, um orgulho genuíno, que reconhece além das qualidades, as nossas mazelas e ainda assim as tomava para si. Darcy imprimiu em mim um outro tipo de compromisso e responsabilidade, o com a coletividade, o de unidade, a perseguição do bem- comum, a necessidade de beleza.

Genival Tourinho que além de um amigo é grande inspirador como homem e político, um exemplo, uma referência no exercício do civismo e na resistência ao autoritarismo. Qualidades tão caras para os dias de hoje!

Além da esfera familiar, doméstica, outros homens dessa cidade fizeram a minha cabeça, o meu pensar e o meu jeito de me colocar no mundo. Simeão Ribeiro, um ambientalista, um estudioso, um intelectual e político à frente do seu tempo, conhecedor e defensor de nossas potencialidades!

Cândido Canela, sua sensibilidade a serviço da nossa identidade. Autor da primeira lei de proteção a uma árvore típica do cerrado. Somos tão singulares que temos a primeira lei de proteção ao pequi do Brasil.

Professor Ivo das Chagas, que nasceu em São Romão, na beira do São Francisco e tornou-se um dos maiores estudiosos sobre cerrado no Brasil, com trabalhos de referência mundial sobre a geografia tropical, ecologia vegetal, cartografia, metodologia e pesquisa e organização do espaço. Um amigo, um sábio que em toda a sua inteireza e simplicidade me ensinou muito!

José Gonçalves Ulhôa escritor e ambientalista montes-clarense responsável pela criação da Associação Protetora do Pequi. Seu nome e legado estão marcados no Centro de Referência em Meio Ambiente da nossa cidade.

Em comum, esses nomes, essas histórias se entrelaçam à minha por amor a Montes Claros. Me inspiram a ser o que sou e como sou.

Eu preciso dividir essa honraria com todos aqueles que, junto comigo, escreveram um novo capítulo na história de nossa cidade. Agradeço imensamente a oportunidade de ser Secretário de Meio Ambiente, pela segunda vez. Ao prefeito Humberto Souto, obrigado pela confiança e, penso pela coragem de me dar a liberdade e autonomia de implementar uma política que reconhece a pauta ambiental na centralidade do direito à cidade, ao bem viver. Agradeço de modo muito especial aos amigos e colegas de trabalho e sonhos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Os amigos e colegas de agora e do passado, como Eduardo Gomes, Anildes Lopes, agradeço o compromisso e, sobretudo, a ousadia de acreditar em meus sonhos e ansiedades!

Nada me é tão caro como a liberdade. A liberdade de pensar e criar. A ousadia, o despudor. Com essa liberdade, temos construído uma cidade-jardim. Uma galeria de arte a céu aberto. Arte para todos e todas. Arte para os olhos e para a alma. Temos a primeira lei de proteção ambiental que estabelece com o pequeno produtor rural uma relação de parceria e corresponsabilidades que é o ECOCRÉDITO. Gosto, gosto muito do nosso pioneirismo.

Me orgulha ter plantado essa semente de um novo conceito de cidade e de fazer politico o da construção de uma cidade afetiva. Que reconheça, a partir da nossa essência, nossa potência. Que se projeta para o futuro, cuidando do presente e respeitando o seu passado.

A filosofia do Bem Viver nos permite pensar em lugares onde os homens vivam em harmonia uns com os outros e com a natureza.  De modo que a natureza seja o norte na reconfiguração das cidades, oportunizando a construção de lugares que sejam capazes de automanter-se e acolher pessoas.

Assim, trazer a discussão do Bem Viver para o cenário urbano, apesar do espanto inicial que isso possa gerar, é urgente e necessário, porque urgente e necessário é viver, viver bem, com dignidade. É reconhecer nossa gente, o montes-clarense, como nosso maior patrimônio. É redimensionar a utopia, que em sua síntese é o não lugar, abrindo picada para uma cidade de todos e para todos. Uma cidade que acolhe, que abraça, que nos pede para ficar!

Eu honro a memória de todos os que me inspiraram. Eu compartilho com cada um de vocês a tarefa de fazer da nossa cidade O MELHOR LUGAR DO MUNDO para se viver.

Muito obrigado! Mãos à obra!

PAULO RIBEIRO DE FARIA
Montes Claros/MG, 18 de março de 2021.

 

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